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Lamentavelmente, nem sempre podemos usufruir de nosso tempo para garantir todo cuidado que nossos pais ou parentes necessitam ou não possuímos infraestrutura adequada para oferecer a eles. Essa sensação traz insegurança e frustração para a família.
Muitas vezes, os familiares resistem em tomar a decisão de mudar a moradia do idoso para uma residência assistida, pois o assunto em questão ainda carrega o velho conceito sobre o asilo e está enraizado em nossa cultura o comportamento de cuidar de nossos pais,
Porém, cuidar do idoso não significa mantê-lo em casa em qualquer circunstância. Cuidar é oferecer a ele o melhor para sua saúde mental e física. Diante desse cenário, o sentimento que deve nortear essa decisão é o propósito sincero de encontrar a alternativa mais adequada e segura para todos os envolvidos, e a escolha de uma residência assistida para idosos, que esteja apta para prover os cuidados adequados, pode ser uma excelente opção que não deve ocasionar em culpa alguma, pois a família proverá um local com acesso a saúde e qualidade de vida para o idoso e ainda poderá visitar seu ente querido com frequência.
Com o aumento da expectativa de vida, é cada vez mais comum conviver com pessoas que já passaram dos 60 anos, 70 anos, 80 anos. Com isso, não é raro se deparar com pessoas que passam horas sozinhas, enquanto os filhos saem para trabalhar e, em vários casos, não conseguem ficar totalmente tranquilos. Há ainda aqueles que devido ao desgaste do corpo físico encontram dificuldades para ficar sozinhos.
De acordo Taiuani Marquine, Coordenadora da Universidade Aberta da Maturidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Diretora Científica da Sociedade Brasileira de Gerontecnologia (SBGTec), defende que os familiares não devem se sentir culpados por buscar um atendimento especializado para seu familiar. “A sinceridade e o respeito são sempre o melhor caminho.
A especialista afirma que os centros dia e de convivência são uma excelente iniciativa, principalmente quando o objetivo é o envelhecimento saudável. Ela explica que esse é o conceito da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Uma pessoa idosa pode ser saudável mesmo na presença de diagnósticos, é um conceito mais pessoal, está relacionado a como a pessoa enxerga seu próprio envelhecimento”, diz.
Formada como Terapeuta Ocupacional, Mestra e Doutora em Ciências (área de Bioengenharia pela USP), ela tem experiência na área de Terapia Ocupacional em Gerontologia e, por isso, defende esses centros dia como uma forma de ajudar na manutenção da capacidade funcional, da autonomia e independência e principalmente para a participação social e socialização do idoso.
